Fatores de Risco
Antes de tomar uma decisão de investimento, os investidores devem considerar cuidadosamente todas as informações disponíveis neste website, em especial os riscos em que a Multiplan está exposta. Os negócios, situação financeira e resultados de operações da Multiplan podem ser adversa e materialmente afetados por quaisquer desses riscos e, por conseguinte, impactar negativamente os títulos emitidos pela Companhia. Os riscos descritos abaixo são aqueles conhecidos pela Multiplan que podem afetar de maneira relevante a Companhia. Riscos adicionais não conhecidos pela Multiplan ou irrelevantes também podem afetar os seus negócios.
Para maiores informações sobre os demais riscos, favor consultar a seção 4 do Formulário de Referência.
A instabilidade política no Brasil pode afetar os negócios da Companhia e o preço de mercado dos seus valores mobiliários.
O ambiente político do País tem influenciado historicamente, e poderá continuar influenciando o desempenho da economia brasileira e as crises políticas têm afetado a confiança dos investidores e do público em geral, resultando em desaceleração econômica e em uma maior volatilidade dos títulos emitidos por empresas brasileiras. A instabilidade política pode agravar as incertezas econômicas do Brasil, aumentando a volatilidade dos títulos emitidos por empresas brasileiras e influenciando na decisão de novos investimentos.
Podemos não conseguir executar integralmente nossa estratégia de negócio.
Nossa estratégia de negócio depende de diversos fatores, alguns fora do nosso controle, como oportunidades de aquisição de terrenos, aprovação de projetos pelas autoridades competentes, variações do custo de obras, retenção de pessoas chave, fatores macroeconômicos favoráveis, acesso a financiamentos em condições atrativas e aumento da capacidade de consumo, dentre outros. Não podemos garantir que nossa estratégia será integralmente realizada. Em consequência, podemos não ser capazes de expandir nossas atividades e replicar nossa estrutura de negócios, essencial para os empreendimentos, além de nossa estratégia de crescimento orgânico e através de aquisições de forma a atender às demandas dos diferentes mercados. Caso não sejamos bem sucedidos no desenvolvimento de projetos e empreendimentos, nossa condição financeira, resultados operacionais e o valor de mercado dos valores mobiliários de nossa emissão podem ser adversamente afetados.
Adicionalmente, nosso desempenho futuro dependerá significativamente de nossa capacidade de gerenciar o crescimento de nossas operações. O sucesso da nossa estratégia de captação e manutenção de lojistas pode ser afetado diante do agravamento da situação econômica do País. Não podemos assegurar que a nossa capacidade de gerenciamento de crescimento será bem sucedida ou que não interferirá adversamente na estrutura já existente. Caso não sejamos capazes de gerenciar o crescimento de forma satisfatória, poderemos perder nossa posição no mercado, o que poderá ter um efeito adverso relevante sobre nossa condição financeira, resultados operacionais e o valor de mercado dos valores mobiliários de nossa emissão.
Parte de nossa estratégia de negócios está focada na geração de valor através da alocação de recursos em projetos. Uma maior dificuldade em identificar, aprovar, construir ou locar estes projetos pode comprometer nossa estratégia.
Ademais, nossa estratégia de negócio está baseada na expectativa da nossa administração com relação ao crescimento do mercado em que atuamos. Não podemos garantir que as atuais projeções de mercado se realizarão, tampouco que seremos capazes de atender ao estimado crescimento da demanda de forma, ao menos, satisfatória vis-à-vis aos investimentos que serão feitos e que devem continuar constantemente a serem realizados. Cada um de nossos projetos irá requerer substanciais investimentos de capital e gastos com manutenção, o que podemos não ter a capacidade de oferecer.
A nossa estratégia de negócio exige substanciais investimentos para nossos futuros projetos de crescimento orgânico ou via aquisições. Caso o caixa gerado internamente e o caixa disponível através de quaisquer linhas de crédito que nos sejam concedidas, se houver, não forem suficientes para o financiamento de capital, necessitaremos de novas fontes de capital e financiamentos, incluindo novas ofertas públicas de distribuição de ações ou aumentos de capital privados, que poderão não estar disponíveis em condições satisfatórias, o que poderá afetar significativamente o desenvolvimento dos projetos. Financiamentos futuros poderão resultar em maiores juros e despesas com amortização, maior alavancagem e menor lucro disponível para o financiamento de aquisições e expansão posteriores. Além disso, poderão limitar a nossa capacidade de absorver pressões competitivas e nos deixar mais vulneráveis a problemas econômicos. Caso não sejamos capazes de gerar ou obter capital adicional suficiente no futuro, para conclusão da construção, instalação e desenvolvimento de um ou mais projetos, nossa geração de caixa futura poderá ser prejudicada, o que poderá nos forçar a reduzir ou postergar desembolsos de capital, vender ativos ou reestruturar e refinanciar nosso endividamento.
As oscilações nos cenários político e econômico no Brasil podem levar à insegurança e desestimular o investimento no mercado de capitais, o que, por consequência, poderá afetar a capacidade da Companhia de captar recursos a custos e prazos favoráveis.
Condições adversas no país e nas regiões onde estão localizados os shopping centers e propriedades para locação podem afetar adversamente os níveis de ocupação e locação e, consequentemente, nossos resultados operacionais.
Nossos resultados operacionais dependem substancialmente da nossa capacidade de locar os espaços disponíveis nos nossos shopping centers e em outras propriedades para locação. Condições adversas no país e nas regiões nas quais operamos ou em que passarmos a operar no futuro podem reduzir os níveis de locação, assim como restringir a possibilidade de aumentarmos o preço de nossas locações. Se nossos shopping centers e demais propriedades para locação não gerarem receitas suficientes para que possamos cumprir com nossas obrigações, diversos fatores podem consequentemente ser afetados, dentre eles a geração de caixa para honrar compromissos e realizar distribuição de dividendos. Os fatores a seguir, entre outros, podem afetar adversamente o resultado operacional dos nossos shopping centers e das nossas propriedades para locação, conforme o caso:
• períodos de recessão e aumento das taxas de juros podem resultar na queda dos preços das locações, no aumento de descontos concedidos e/ou no aumento da inadimplência pelos locatários, bem como diminuir nossas receitas de locação e/ou da administração que estão atreladas às receitas dos locatários;
• reduções do volume de vendas geradas pelas lojas instaladas em nossos shopping centers, que são vulneráveis a períodos de desaquecimento econômico do país e também de regiões onde estão localizados os shopping centers, afetando os níveis de emprego e salários da população, e consequentemente a renda do consumidor;
• crises nos governos federal, estaduais e prefeituras podem afetar a capacidade de consumo de sua população, decorrente, entre outros, da redução dos níveis de emprego e atrasos no pagamento de salários dos servidores e aposentados, e como resultado, a redução temporária ou definitiva da renda do consumidor levando a queda do volume de vendas geradas pelas lojas instaladas em nossos shopping centers;
• aumento do nível de criminalidade e violência urbana nas áreas nas quais os shopping centers e demais propriedades para locação estão localizados;
• percepções negativas dos locatários acerca da segurança, conveniência e atratividade das áreas nas quais os shopping centers e demais propriedades para locação estão instalados;
• atrasos e inadimplência e/ou não cumprimento das obrigações contratuais assumidas pelos locatários;
• dificuldades dos shopping centers em manter o seu mix de lojas equilibrado e distribuído, de acordo com as demandas e tendências dos consumidores;
• atrasos no desenvolvimento de regiões e como consequência atrasos no desenvolvimento das propriedades localizadas na região;
• aumento da vacância, pela incapacidade de atrairmos e/ou mantermos locatários; e
• aumento dos custos operacionais e condominiais, aumentos de aportes em fundo de promoção e marketing, aumento em despesas de estacionamento, entre outros, incluindo a necessidade para incremento de capital, entre outros.
Decisões judiciais e administrativas, se desfavoráveis, podem nos afetar de forma adversa.
Somos parte em procedimentos administrativos e judiciais, inclusive de natureza tributária, cível e trabalhista, cujo valor total estimado pelos advogados da Companhia como perdas prováveis e possíveis era de R$70,5 milhões em 31 de dezembro de 2017.
Em 31 de dezembro de 2017, as perdas prováveis estimadas nestas ações envolviam o montante total de R$12,9 milhões.
Decisões judiciais e administrativas desfavoráveis, em especial nos casos em que não constituímos provisões para risco ou nos casos em que os valores provisionados sejam inferiores aos valores devidos, podem afetar adversamente nossos resultados operacionais e financeiros. Adicionalmente, as autoridades competentes podem ter entendimentos ou interpretações diversos daqueles adotados pela Companhia na condução de seus negócios, o que poderá acarretar em instauração de procedimentos administrativos ou judiciais, cuja decisão final poderá nos causar um efeito adverso relevante. Neste sentido, a Companhia foi parte de procedimento de fiscalização tendo por objeto a glosa de deduções (respectivamente da base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)) de determinadas despesas de prestação de serviços incorridas pela Companhia. No âmbito dos referidos procedimentos, a Companhia foi autuada e efetuou, sob protesto, o pagamento do valor total de R$2,5 milhões, com redução da multa qualificada em 50%.
A impossibilidade de implementar com sucesso nossa estratégia de crescimento orgânico poderá nos afetar adversamente.
Nosso crescimento orgânico depende, principalmente, da nossa capacidade de abrir novos shopping centers, novas expansões e novas propriedades para locação com êxito, que está sujeita a diversos riscos e incertezas que podem fugir ao nosso controle, tais como (i) escassez de terrenos de tamanho e localização adequados; (ii) dificuldade de aprovações de projetos; (iii) falta de interesse por novos projetos pelo mercado varejista; e (iv) outros fatores que possam inviabilizar o desenvolvimento de projetos. Nossa capacidade de expansão poderá ser prejudicada se não formos capazes de identificar imóveis comerciais estrategicamente localizados e adequados para instalação dos novos shopping centers e propriedades para locação, ou caso as condições de locação ou construção sejam desfavoráveis ou se os investimentos necessários para adequação do imóvel às nossas necessidades forem muito elevados. Ademais, regulamentações sobre uso do solo e leis de zoneamento mais rigorosas nas regiões em que pretendemos operar poderão tornar mais onerosa e difícil a obtenção de imóveis comerciais estrategicamente localizados e adequados para instalação destes novos shopping centers e propriedades para locação. Além disso, os novos shopping centers e propriedades para locação poderão não alcançar o nível de receita e lucratividade no tempo estimado por nós, em comparação a outros shopping centers e propriedades para locação da Companhia. Nossos novos shopping centers e propriedades para locação poderão afetar negativamente a lucratividade da Companhia, o que poderá impactar nossas atividades pretendidas e nossos futuros resultados consolidados.
Condições de mercado podem também atrasar a nossa estratégia de crescimento ao postergar lançamentos visando alcançar melhores condições contratuais no futuro.
Ademais, caso venhamos a expandir nossas operações para áreas onde ainda não atuamos, poderemos enfrentar dificuldades relacionadas ao pouco conhecimento dessas novas regiões geográficas e não ser bem sucedidos em nossos investimentos, o que poderá ter um efeito adverso relevante sobre nossa condição financeira, resultados operacionais e o valor de mercado dos valores mobiliários de nossa emissão.
Nosso endividamento pode afetar negativamente os nossos negócios e a nossa capacidade de crescimento.
Nosso endividamento consolidado poderá:
• limitar nossa capacidade de obter novos financiamentos, inclusive pelo fato de certos ativos detidos por nós estarem onerados como garantia de dívidas existentes;
• nos obrigar a dedicar uma parte substancial do nosso fluxo de caixa para honrar as dívidas existentes, o que pode prejudicar a capacidade de usar o fluxo de caixa para financiar capital de giro, despesas de capital e outros requisitos gerais corporativos, além do cumprimento de nossas obrigações;
• limitar nossa flexibilidade para planejar e reagir a mudanças em nossos negócios e no setor em que atuamos e cumprir a nossa estratégia de negócio;
• colocar-nos em uma situação de desvantagem competitiva em relação a alguns de nossos concorrentes que tenha menor nível de endividamento;
• aumentar nossa vulnerabilidade a condições econômicas e comerciais negativas, incluindo mudanças na variação nas taxas de juros ou uma queda no varejo ou na economia;
• aumento do custo da dívida devido à elevação da taxa básica de juros;
• aumento do custo da dívida devido ao Downgrade com as agências de rating.
Além disso, nosso endividamento é reajustado por índices como taxa referencial de juros (TR), IPCA, TJLP e CDI, enquanto nossas receitas tem o IGP-DI como principal índice de reajuste. Se houver um descompasso significante entre os índices que reajustam nossas receitas e os que reajustam nossos pagamentos de dívida, nossa situação financeira poderá ser adversamente afetada.
Nos termos dos contratos financeiros e de outros instrumentos representativos de dívidas, estamos sujeitos a obrigações específicas, bem como a restrições a nossa capacidade de contrair dívidas adicionais.
Celebramos contratos financeiros que exigem a manutenção de certos índices financeiros ou cumprimento de determinadas obrigações. Qualquer inadimplemento dos termos de tais contratos, que não seja sanado ou renunciado por seus respectivos credores, poderá acarretar o vencimento antecipado do saldo devedor das respectivas dívidas e/ou de outros contratos financeiros. Nossos ativos e fluxo de caixa podem não ser suficientes para pagar integralmente o saldo devedor dessas obrigações declaradas vencidas antecipadamente. Dessa forma, caso ocorra qualquer evento de inadimplemento previsto em tais contratos, o fluxo de caixa e as demais condições financeiras da Companhia poderão ser afetados de maneira adversa relevante. Não podemos garantir que seremos capazes de cumprir tais requisitos, o que poderá afetar de forma adversa nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.
Dependemos dos profissionais de nossa alta administração para a implementação e consecução de nossa estratégia de negócios e, caso venhamos a perder ou não sejamos capazes de reter os profissionais de nossa alta administração, poderemos sofrer um efeito adverso e relevante em nossas atividades.
A implementação e consequente execução da nossa estratégia de negócios, bem como todos os fatores que entendemos serem os pilares para a manutenção do nosso crescimento, dependem de forma relevante da expertise e conhecimento dos nossos administradores, em especial do nosso fundador e atual Diretor Presidente e membro do Conselho de Administração, Sr. José Isaac Peres, e de sua equipe. Desse modo, a sucessão de nosso Diretor Presidente e de nosso corpo executivo, a retenção de tais profissionais-chave, assim como identificação e atração de outros profissionais qualificados são componentes fundamentais para a continuidade do nosso sucesso e desenvolvimento. O mercado em que atuamos é competitivo e não podemos assegurar que teremos sucesso em atrair e reter tais profissionais. Assim, caso alguns dos profissionais de nossa alta administração venham a deixar a Companhia, poderemos ter dificuldades em substituí-los e, portanto, poderemos sofrer um efeito adverso relevante em nossos negócios.
Condições de mercado também podem afetar a estratégia de retenção de administradores e funcionários dado que uma parcela da remuneração de longo prazo destes está atrelada ao desempenho das ações de emissão da Companhia.
Interrupções e/ou falhas nos sistemas de tecnologia da informação corporativos, operacionais ou de gestão podem afetar a operação normal dos nossos negócios.
Automatizamos nossos processos de negócios utilizando sistemas de tecnologia da informação, tendo um sistema integrado de gestão empresarial (Enterprise Resource Planning, ou ERP) com políticas de controle, de rastreabilidade e de aprovações com níveis diferenciados, além de relatórios gerenciais que suportam a visualização dos processos internos. Além disso, contamos com ferramentas gerenciais (Business Intelligence) que dão suporte às tomadas de decisão. Interrupções ou falhas nestes sistemas, causadas por acidentes, mau funcionamento ou atos mal-intencionados podem ocasionar impactos no nosso funcionamento corporativo, comercial e operacional, o que pode ter um efeito adverso em nossos negócios.
Os procedimentos, políticas e programa de compliance e os processos de governança estabelecidos pela Companhia podem não ser suficientes para afastar infrações às leis e normas existentes ou às políticas internas da Companhia.
A Companhia adota processos de governança, gerenciamento de riscos, compliance, auditoria e controles internos concebidos para garantir o cumprimento das normas de conduta previstas na legislação voltada à responsabilidade socioambiental, ética e integridade, embora não seja possível garantir que tais políticas e procedimentos serão suficientes para prevenir, detectar ou remediar eventuais erros por parte de seus administradores, funcionários, colaboradores, prestadores de serviços ou terceiros contratados, ou eventuais interpretações das autoridades nesse sentido.
Possíveis dificuldades financeiras e erros de estratégia de grandes redes varejistas nos shopping centers e de empresas em nossas propriedades para locação poderão causar uma diminuição em nossa receita e impactar adversamente os nossos negócios.
Eventuais dificuldades financeiras por parte das grandes redes varejistas localizadas nos nossos shopping centers ou de lojas âncoras e outras empresas que ocupem ou pretendem ocupar nossas propriedades para locação podem causar a rescisão das atuais locações, a expiração do prazo das locações destas unidades sem que haja renovação do contrato de locação ou o aumento da inadimplência. Podemos não ser capazes de ocupar novamente os espaços ocupados por tais locatários com facilidade, com a mesma característica e/ou nas mesmas condições do contrato de locação rescindido ou expirado. No caso dos nossos shopping centers, eventuais dificuldades porventura enfrentadas por lojistas relevantes, além do impacto financeiro, podem afetar negativamente a diversidade de lojas, diminuindo nossa capacidade de atrair consumidores para os lojistas, o que pode causar efeito adverso para nós.
Na qualidade de proprietários dos imóveis nos quais se encontram as propriedades em que temos participação, estamos sujeitos ao pagamento de eventuais despesas extraordinárias, as quais podem causar um efeito adverso para nós.
Na qualidade de proprietários dos imóveis onde se encontram os shopping centers e demais propriedades para locação nos quais temos participação (inclusive no caso do Diamond Mall, cuja obrigação de manutenção do imóvel decorre de contrato de arrendamento), estamos sujeitos ao pagamento de eventuais despesas extraordinárias, tais como reformas dos shoppings centers, pintura, decoração, conservação, instalação de equipamentos de segurança, indenizações trabalhistas, bem como quaisquer outras despesas que não sejam rotineiras na manutenção dos imóveis e dos condomínios em que se situam. Estamos sujeitos, ainda, a despesas e custos decorrentes de ações judiciais necessárias para a cobrança de aluguéis inadimplidos, ações judiciais em geral (despejo, renovatória, revisional, entre outras), bem como quaisquer outros pagamentos inadimplidos pelos locatários dos imóveis, incluindo receitas de locação, tributos, despesas condominiais, e ainda custos para reforma ou recuperação de imóveis inaptos para locação após despejo ou saída amigável do inquilino. O pagamento ou o aumento de tais despesas pode causar um efeito adverso para nós.
Da mesma forma a Companhia pode se ver obrigada a incorrer em despesas e investimentos extraordinários para atrair locatários para seus empreendimentos a fim de preservar o mix de lojistas.
Parte dos shopping centers e outras propriedades para locação de nossa propriedade são constituídos em sociedade com outros grupos ou investidores institucionais, cujos interesses podem diferir dos nossos.
Investidores institucionais (inclusive fundos de pensão) e outros grupos detêm participação em parte dos shoppings centers e das propriedades detidas pela Companhia. Nesses empreendimentos, nos quais tais investidores direcionaram seus investimentos, dependemos, para a tomada de certas decisões, da anuência de alguns deles com relação a certas decisões relevantes em tais empreendimentos.
Participamos em parte dos condomínios de shopping centers e propriedades para locação, de modo que podemos enfrentar dificuldades na aprovação de deliberações condominiais. Ademais, para aprovação de determinadas matérias, dependemos de quórum superior à nossa participação nos respectivos empreendimentos.
Nossos sócios nos shopping centers e propriedades para locação podem ter interesses diversos dos nossos, podendo agir de forma contrária à nossa política estratégica e aos nossos objetivos. Disputas envolvendo estes sócios podem ocasionar litígios judiciais ou arbitrais, o que pode aumentar as nossas despesas e impedir que os administradores mantenham o foco inteiramente direcionado nos negócios, causando um efeito adverso na nossa condição financeira e nos nossos resultados operacionais.
Além disso, caso não sejamos capazes de atingir quórum suficiente para a aprovação destas deliberações, podemos não conseguir implementar adequadamente nossas estratégias de negócio e, consequentemente, nossos resultados e a distribuição de lucros aos nossos acionistas e sócios podem ser adversamente afetados.
Poderemos não encontrar novas oportunidades para expansão por meio de aquisições de novos imóveis, o que pode afetar adversamente os nossos resultados operacionais e financeiros.
Como parte de nossa estratégia de crescimento, buscamos oportunidades no mercado em que atuamos para aquisições de empreendimentos. Todavia, podemos não ter sucesso em adquirir novos empreendimentos com preços e em condições satisfatórias, o que poderá comprometer nossa estratégia de crescimento via aquisição.
As futuras aquisições podem apresentar desafios financeiros, administrativos, operacionais e regulatórios. Aquisições nos expõem a riscos de contingências ou passivos dos terrenos e empreendimentos adquiridos. Uma contingência significativa associada a qualquer de nossas aquisições pode nos causar um efeito adverso relevante. Ademais, poderemos ter problemas financeiros e operacionais se não formos capazes de integrar, da forma desejada, os empreendimentos adquiridos ao nosso portfólio existente, bem como de capturar as sinergias esperadas ou, ainda, em decorrência da incapacidade desse negócio em gerar receitas suficientes para compensar os custos de aquisição.
Nesse sentido, as características dos empreendimentos adquiridos podem não ser compatíveis com nossa estratégia de crescimento, o que pode requerer tempo e recursos financeiros excessivos na adequação destes empreendimentos ao portfólio, ocasionando a perda de foco da nossa administração para outros negócios e impactando de forma adversa a nossa condição financeira e os resultados operacionais.
Por fim, poderemos enfrentar empecilhos regulatórios na medida em que futuras aquisições poderão ser analisadas pelas autoridades reguladoras brasileiras em matéria concorrencial e depender de aprovações para sua efetiva concretização. Nesse sentido, futuras aquisições podem não ser aprovadas ou podem estar sujeitas a condições que elevem os custos estimados, como restrições na forma que operamos, o que poderá fazer com que percamos oportunidades importantes para o nosso plano de expansão, gerando um efeito adverso em nossas operações e resultados. Da mesma forma a Companhia pode incorrer em despesas extraordinárias em projetos que podem não se concretizar.
Por serem considerados espaços públicos, eventuais acontecimentos ocorridos dentro dos nossos shopping centers e demais empreendimentos podem gerar consequências que fogem do controle da administração, o que poderá acarretar danos materiais à imagem dos nossos shopping centers e demais empreendimentos, além de poder gerar eventual responsabilidade civil para nós.
Os shopping centers e demais empreendimentos do portfólio da Companhia, por serem espaços de uso público, estão sujeitos a uma série de incidentes que podem ocorrer em seu interior e podem causar danos aos seus consumidores e frequentadores, o que inclui acidentes que podem fugir do controle da administração e de suas políticas de prevenção. No caso da ocorrência de tais incidentes, o empreendimento envolvido pode enfrentar relevantes danos de imagem e materiais, tendo em vista que a frequência dos consumidores e clientes pode ser reduzida em decorrência da desconfiança e insegurança geradas. Além disso, o empreendimento pode estar sujeito à imposição de responsabilidade civil e, portanto, ter a obrigação do ressarcimento às vítimas, inclusive por meio do pagamento de indenizações e processos judiciais.
Na eventualidade de algum dos nossos shopping centers estar envolvido em incidentes desta espécie, poderemos ter um efeito adverso em nossos negócios, resultados operacionais e financeiros, além de poder sofrer um impacto negativo sobre o valor de mercado dos valores mobiliários de nossa emissão.
Riscos relacionados à terceirização de parte substancial de nossas atividades podem nos afetar adversamente.
Celebramos contratos com empresas terceirizadas, que nos provêm com uma quantidade significativa de mão-de-obra. Na hipótese de uma ou mais empresas terceirizadas não cumprir suas obrigações trabalhistas, previdenciárias ou fiscais, poderemos vir a ser considerados subsidiariamente responsáveis e sermos obrigados a pagar tais valores aos empregados das empresas terceirizadas. Adicionalmente, não podemos garantir que empregados de empresas terceirizadas não tentarão reconhecer vínculo empregatício conosco, o que poderia afetar negativamente os nossos resultados.
Riscos não cobertos pelos nossos seguros contratados podem resultar em prejuízos para nós, o que poderá gerar efeitos adversos sobre os nossos negócios.
Certos tipos de riscos, tais como riscos ambientais, danos aos imóveis decorrentes de guerra, terrorismo, armas químicas, contaminação radioativa e demais riscos expressamente excluídos, não são segurados pelas apólices contratadas. Se qualquer dos eventos não segurados ocorrer, o investimento integralizado por nós poderá ser perdido, além de eventuais custos e despesas que venhamos a incorrer para recuperar os danos causados a tais shopping centers e empreendimentos. Adicionalmente, poderemos ser responsabilizados judicialmente pelo pagamento de indenização a eventos oriundos do sinistro ocorrido. A ocorrência de quaisquer desses riscos poderá ocasionar efeitos adversos sobre os nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.
Circunstâncias que afetem a autorização de uso da marca “Multiplan” pela Companhia poderão, eventualmente, nos afetar adversamente.
Circunstâncias que possam afetar o direito de uso da marca “Multiplan”, tais como desuso e/ou caducidade da marca, expiração do prazo de vigência ou inobservância das regras estabelecidas pela legislação correlata, ou perda dos direitos relativos ao uso da marca poderão, eventualmente, nos afetar adversamente.
Os interesses dos nossos acionistas controladores podem ser conflitantes ou entrar em conflito com os interesses dos nossos acionistas minoritários.
Nossos acionistas controladores têm poderes para, entre outras matérias, eleger a maioria dos membros do Conselho de Administração e determinar o resultado de outras deliberações que exijam aprovação de acionistas, inclusive nas operações com partes relacionadas, reorganizações societárias, alienações, parcerias e a época do pagamento de quaisquer dividendos futuros. Nossos acionistas controladores poderão ter interesses conflitantes entre eles e/ou com os interesses dos nossos acionistas minoritários, o que poderá ocasionar efeitos adversos sobre os nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.
Poderemos vir a precisar de capital adicional no futuro, por meio da emissão de ações ou de valores mobiliários conversíveis em ações, ou participar de outras sociedades mediante fusão ou incorporação, o que poderá resultar em uma diluição da participação do investidor no nosso capital social.
Poderemos vir a ter que captar recursos adicionais no futuro por meio de operações de emissão pública ou privada de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações de nossa emissão. A captação de recursos por meio da distribuição pública de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações de nossa emissão pode ser realizada com a exclusão do direito de preferência dos nossos acionistas, o que poderá resultar na diluição da participação do referido investidor nas ações de nossa emissão. A aprovação de operações de fusão, incorporação societária ou incorporação de ações poderá envolver a emissão de ações de nossa emissão sem direito de preferência para os nossos acionistas, o que poderá resultar na diluição da sua participação em nosso capital.
Nossos acionistas poderão não receber dividendos ou juros sobre o capital próprio.
De acordo com o nosso Estatuto Social, devemos pagar aos nossos acionistas, no mínimo, 25% do nosso lucro líquido anual, calculado e ajustado nos termos da Lei das Sociedades por Ações, sob a forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio. O lucro líquido pode ser capitalizado, utilizado para compensar prejuízo ou retido nos termos previstos na Lei das Sociedades por Ações e no Estatuto Social e poderá não ser disponibilizado para o pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio. Além disso, a Lei das Sociedades por Ações permite que uma companhia aberta, como nós, não distribua o dividendo obrigatório em determinado exercício social, caso o Conselho de Administração informe à assembleia geral ordinária que a distribuição seria incompatível com a nossa situação financeira. Caso esses eventos ocorram, os titulares de nossas ações talvez não recebam dividendos ou juros sobre o capital próprio.
A volatilidade e a iliquidez inerentes ao mercado de valores mobiliários brasileiro poderão limitar substancialmente a capacidade dos investidores de venderem ações ordinárias de nossa emissão ao preço e no momento desejados.
O investimento em valores mobiliários brasileiros, como nossas ações ordinárias, com frequência envolve um risco maior que o investimento em valores mobiliários de emissoras em outros países e geralmente são considerados mais especulativos por natureza. O mercado de valores mobiliários do Brasil é substancialmente menor, menos líquido, mais concentrado e pode ser mais volátil que os grandes mercados de valores mobiliários internacionais. Tais características de mercado podem limitar de forma significativa a capacidade dos nossos acionistas de vender ações ordinárias de nossa emissão de que sejam titulares pelo preço e no momento em que desejarem, o que pode afetar de forma significativa o preço de mercado das ações ordinárias de nossa emissão. Se um mercado ativo e líquido de negociação não for desenvolvido ou mantido, o preço de negociação das ações ordinárias de nossa emissão pode ser negativamente impactado.
Além disso, o preço das ações distribuídas em uma oferta pública está, frequentemente, sujeito à volatilidade imediatamente após sua realização. O preço de mercado de nossas ações pode variar significativamente como resultado de vários fatores, muitos dos quais estão fora de nosso controle.
O ingresso ou saída das ações de emissão da Companhia em índices de ações pode resultar em variações substanciais na participação de fundos passivos no capital da Companhia, através da aquisição ou venda de ações de nossa emissão. Movimentos relevantes de aquisição ou venda de ações de nossa emissão podem afetar de forma significativa o preço de mercado das ações de nossa emissão.
Os interesses dos nossos empregados e administradores podem ficar, no curto prazo, excessivamente vinculados à cotação das ações ordinárias de nossa emissão, uma vez que sua remuneração baseia-se também no desempenho das ações de nossa emissão.
Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 6 de julho de 2007, nossos acionistas aprovaram um plano de opção de compra de ações para administradores, empregados e prestadores de serviço da Companhia ou de outras sociedades sob nosso controle, que atendam a certos requisitos (“Plano de Opção de Ações”).
Em Reunião do Conselho de Administração realizada em 29 de julho de 2015, foi aprovado o Plano de Incentivo de Longo Prazo da Companhia (Phantom Stocks), que estabelece os termos e condições para o pagamento de um prêmio em dinheiro, referenciado na valorização das ações de emissão da Companhia, a determinados administradores, empregados e prestadores de serviços da Companhia ou de outras sociedades sob o seu controle (“Plano de Incentivo”).
Em Assembleia Geral Extraordinária da Companhia realizada no dia 20 de julho de 2018, foi aprovado o Plano de Outorga de Ações Restritas da Companhia, que estabelece os termos e condições para a outorga de ações ordinárias de emissão da Companhia, sujeitas a determinadas restrições, aos administradores, empregados e prestadores de serviços da Companhia, ou de outras sociedades sob o seu controle (“Ações Restritas”).
O fato de nossos empregados, administradores, colaboradores e determinados prestadores de serviço se beneficiarem da valorização das ações ordinárias de nossa emissão pode levar tais pessoas a ficarem, no curto prazo, com seus interesses excessivamente vinculados à cotação de nossas ações. Ademais, caso não ocorra a valorização da cotação das ações, os planos de incentivo de longo prazo da Companhia poderão ser menos atrativos para os executivos.
Nossos acionistas poderão tomar decisões de desinvestimento na Companhia a partir de interpretações acerca das mudanças políticas e econômicas no país, assim como mudanças de perspectiva do setor de shopping centers em todo mundo, causando a desvalorização da cotação das ações de nossa emissão.
As mudanças de percepção de acionistas estrangeiros e locais sobre o país e o setor de atuação da Companhia, influenciadas, entre outros motivos, por mudanças político-econômicas no Brasil e de perspectivas da atividade de shopping centers no mundo, podem gerar movimentos de desinvestimento destes acionistas e por consequência gerar oscilações negativas no valor das ações de emissão da Companhia.
Nossa participação em sociedades com terceiros ou outras formas de parcerias (joint ventures), criam riscos adicionais para nós, incluindo potenciais problemas de relacionamento financeiro e comercial com nossos sócios.
A nossa participação em sociedades com terceiros ou outras formas de parcerias (joint ventures) criam riscos, incluindo potenciais problemas de relacionamento financeiro e comercial com os nossos sócios. Os riscos envolvendo essas joint ventures incluem potenciais dificuldades financeiras ou falência de parceiros e a possibilidade de haver interesse econômico ou comercial divergente ou inconsistente. Se nosso parceiro falhar em efetuar ou estiver impossibilitado de manter sua participação nas contribuições de capital necessárias, poderemos ter que realizar investimentos adicionais inesperados e dispender recursos adicionais. De acordo com a legislação brasileira, os sócios de uma sociedade poderão ser responsabilizados por obrigações da sociedade em certas áreas, incluindo, mas não se limitando, às áreas fiscal, trabalhista, anticorrupção, ambiental e de proteção ao consumidor. A ocorrência de quaisquer desses riscos poderá ocasionar efeitos adversos sobre os nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.
Aumentos no preço de matérias-primas poderão elevar nossos custos e reduzir os retornos e os lucros.
As matérias-primas básicas utilizadas na construção de shopping centers, empreendimentos residenciais e comerciais incluem concreto, blocos de concreto, aço, tijolos, vidros, madeiras, equipamentos, telhas, tubulações e outros. Aumentos no preço dessas e de outras matérias-primas, inclusive aumentos que possam ocorrer em consequência de escassez, aumento ou criação de novos impostos, restrições ou flutuações das taxas de câmbio, poderão aumentar nosso custo de construção e vendas, afetando adversamente os nossos negócios e o valor dos valores mobiliários de nossa emissão.
Dependemos fundamentalmente de serviços públicos e concessões públicas, em especial os de fornecimento de água, energia elétrica, serviços de segurança e bombeiros. Qualquer diminuição ou interrupção desses serviços poderá causar dificuldades na operação dos nossos shopping centers e demais propriedades para locação e, consequentemente, afetar negativamente os resultados dos nossos negócios.
Os serviços públicos, em especial os de fornecimento de água, energia elétrica, serviços de segurança e bombeiros, são fundamentais para a boa condução da operação de shopping centers e demais propriedades para locação. A interrupção desses serviços pode gerar como consequência natural o aumento dos custos e determinadas falhas na prestação de serviços. Em caso de interrupção, para que consigamos manter tais serviços em funcionamento, como por exemplo, energia elétrica, é necessária a contratação de empresas terceirizadas especializadas, o que geralmente representa um gasto adicional elevado para nós e um aumento significativo em nossas despesas operacionais. Desse modo, qualquer interrupção ou alteração na prestação dos serviços públicos essenciais à condução dos nossos negócios poderá gerar efeitos adversos nos nossos resultados operacionais.
A Companhia, em linha com seu objeto social, poderá realizar investimentos em geração de energia elétrica para consumo próprio, podendo, inclusive, comercializar o excedente. A operação de geração de energia elétrica depende, principalmente, da realização de diversos processos, os quais estão sujeitos a riscos e incertezas, incluindo processo de obtenção de licenciamentos e autorizações, fornecimento de equipamentos, construção das usinas, conexões aos sistemas de distribuição e operação das usinas. Os benefícios financeiros dos projetos de energia elétrica estão sujeitos a variações do preço disponível para aquisição no mercado, onde os custos totais com a geração própria precisam ficar abaixo dos custos de aquisição no mercado para que a Companhia obtenha um resultado positivo. Os projetos de geração de energia elétrica estão sujeitos a eventuais alterações na regulamentação do setor elétrico.
O lançamento de novos empreendimentos imobiliários comerciais próximos aos nossos por nossos concorrentes poderá prejudicar nossa capacidade de renovar locações ou de locar para novos locatários, o que poderá requerer de nós investimentos não programados, prejudicando nossos negócios.
O lançamento de novos empreendimentos nas áreas próximas aos nossos, com o consequente aumento da concorrência na região, poderá impactar a nossa capacidade de vender, locar ou renovar a locação de espaços em nossos empreendimentos em condições favoráveis à Companhia. Adicionalmente, o ingresso de novos concorrentes nas regiões em que operamos poderá demandar por nossa parte o aumento não planejado nos investimentos nos nossos empreendimentos, descontos de aluguel e apoio aos locatários, o que poderá impactar negativamente nossos negócios e, consequentemente, nossa condição financeira.
Poderemos ser adversamente afetados em decorrência do não pagamento de aluguéis pelos inquilinos, da revisão dos valores dos aluguéis pelos inquilinos ou do aumento de vacância nos espaços dos nossos shopping centers e propriedades para locação.
O não pagamento de aluguéis pelos inquilinos, a revisão que implique redução dos valores dos aluguéis devidos pelos inquilinos e/ou o aumento de vacância nos nossos shopping centers e demais propriedades para locação, inclusive no caso de decisão unilateral do locatário de deixar o imóvel antes do vencimento do prazo estabelecido no seu respectivo contrato de locação, poderão gerar uma redução em nosso fluxo de caixa e do nosso lucro. A ocorrência de qualquer desses eventos pode causar um efeito adverso para nós.
Possíveis mudanças nos hábitos e percepções dos consumidores poderão causar uma diminuição em nossa receita e impactar adversamente os nossos negócios.
A não adaptação às tendências de omnichannel (atuação de varejistas em diversos canais de venda e distribuição) do nosso mix de lojistas, possíveis mudanças nos hábitos dos consumidores, como compras pela internet em detrimento das compras em lojas físicas, e a utilização de aplicativos de mobilidade e transportes alternativos, poderão impactar negativamente as vendas dos lojistas e a receita de estacionamento dos nossos shopping centers. O aumento na participação de compras pela internet ou outros canais de venda localizados fora de shopping centers poderá provocar uma redução no movimento e/ou vendas reportadas dos shopping centers, refletindo em um declínio no número de clientes que visitam as lojas dos shopping centers ou que os visitam somente para buscar seus produtos e tal redução pode afetar adversamente nossos negócios, condição financeira e resultado operacional, tendo em vista que grande parte das nossas receitas provêm de pagamento de aluguel pelos lojistas e merchandising em nossos shopping centers.
O aumento na utilização de meios de transporte alternativos (como aplicativos de mobilidade) para os nossos shopping centers, em substituição a utilização de veículos próprios, poderá provocar uma redução no volume de veículos que utilizam os estacionamentos dos nossos shopping centers, e poderá impactar negativamente a nossa receita de estacionamento.
Mudanças na percepção de nossos clientes podem demandar investimentos para melhorar o mix de lojistas e os padrões de arquitetura.
A ocorrência de qualquer desses eventos pode causar um efeito adverso para nós.
Os setores imobiliário e de shopping center no Brasil são altamente competitivos, o que poderá ocasionar uma redução do volume de nossas operações.
O âmbito de atuação da Companhia Riscos relacionados à Companhiainclui as atividades de aquisição de imóveis, incorporação imobiliária, planejamento, implantação, desenvolvimento, administração, intermediação e comercialização de empreendimentos imobiliários em geral. Os setores imobiliário e de shopping center no Brasil são altamente competitivos e fragmentados. Os principais fatores competitivos no ramo imobiliário e de shopping center incluem visão empreendedora, disponibilidade e localização de terrenos, preços, financiamento, projetos, qualidade e reputação. Uma série de empreendedores dos setores imobiliário e de shopping center concorrem conosco na aquisição de terrenos, na tomada de recursos financeiros para incorporação e na busca de compradores e locatários potenciais.
Outras companhias, inclusive estrangeiras, individualmente ou em alianças com parceiros locais ou internacionais, podem passar a atuar ainda mais ativamente nos segmentos imobiliário e de shopping center no Brasil nos próximos anos, aumentando a competição na aquisição de terrenos e empreendimentos imobiliários, na locação de lojas, nos custos de construção, fornecedores e, consequentemente, a concorrência nos setores. Na medida em que um ou mais concorrentes lancem empreendimentos bem sucedidos e, em decorrência disso, suas receitas aumentem de maneira significativa, as nossas atividades podem vir a ser afetadas adversamente de maneira relevante. Caso não sejamos capazes de responder a tais pressões de modo tão imediato e adequado quanto os concorrentes, nossa situação financeira e os resultados operacionais podem vir a ser prejudicados de maneira relevante. Assim, na hipótese de agravamento desses fatores, uma diminuição do volume de nossas operações poderá vir a ocorrer, influenciando negativamente nossos resultados.
Os resultados operacionais dos nossos shopping centers dependem das vendas geradas pelas lojas neles instaladas, que são vulneráveis principalmente em períodos de recessão econômica.
Historicamente e mais recentemente nos anos de 2015 e 2016, o setor varejista tem sido suscetível a períodos de desaquecimento econômico geral que levam à queda nos gastos do consumidor. Por sua vez, o sucesso das nossas operações depende, entre outros, de vários fatores relacionados aos gastos do consumidor e/ou que afetam a renda do consumidor, inclusive a situação geral dos negócios, taxas de juros, inflação, disponibilidade de crédito ao consumidor, tributação, confiança do consumidor nas condições econômicas futuras, níveis de emprego e salários. Dessa forma, nosso resultado pode ser afetado em razão de eventual desaquecimento econômico.
O desempenho de nossos shopping centers está relacionado com a capacidade dos lojistas de gerar vendas. Os resultados e o movimento em shopping centers podem ser adversamente afetados por fatores externos, tais como declínio econômico da área em que o shopping center está localizado, a abertura de outros shopping centers e o fechamento ou queda de atratividade das lojas nos shopping centers que administramos.
Uma redução no movimento dos shopping centers como resultado de quaisquer desses fatores ou de qualquer outro pode refletir em um declínio no número de clientes que visitam as lojas dos shopping centers e, consequentemente, no volume de suas vendas, o que pode afetar adversamente nossos negócios, condição financeira e resultado operacional, tendo em vista que grande parte das nossas receitas provêm de pagamento de aluguel pelos lojistas e merchandising em nossos shopping centers. A queda no movimento dos shopping centers pode gerar dificuldade aos lojistas e, consequentemente, aumento de inadimplência, e uma redução no preço e volume de merchandising nos empreendimentos. Por exemplo, as taxas de inadimplência bruta que se mantiveram estáveis em torno de 1,9% nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2015, 2014 e 2013, apresentaram aumento no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2016, quando foi registrada taxa de inadimplência bruta de 3,5%, e apresentou redução no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017, quando foi registrada taxa de inadimplência bruta de 2,8%.
Adicionalmente, o aumento de nossas receitas e lucros operacionais dependem do constante crescimento da demanda por produtos oferecidos pelas lojas dos nossos shopping centers, tais como eletrônicos e linha branca de eletrodomésticos, ou seja, em especial dos produtos que tenham alto valor agregado. Somado a isso, o negócio pode ser afetado pelas condições econômicas e comerciais gerais do Brasil e do mundo. Uma queda da demanda, seja em função de mudanças nas preferências do consumidor, seja pelo declínio do poder aquisitivo ou enfraquecimento das economias globais e seus reflexos na nossa economia, pode resultar em uma redução das receitas das lojas e, consequentemente, das nossas receitas, afetando adversamente nossos negócios, condição financeira e resultado operacional.
O setor imobiliário está sujeito a diversos riscos, tais como aqueles normalmente associados (i) às atividades de incorporação, (ii) à escassez de recursos, (iii) à diminuição nas demandas por imóveis, (iv) ao êxito na conclusão das obras e (v) a distratos e cancelamentos considerando um cenário econômico desfavorável que possa impactar oferta de crédito ou aumento em taxas de juros de financiamentos.
Os riscos associados às atividades de incorporação e construção desenvolvidas por nós, incluem, mas não se limitam aos seguintes: (i) longo período compreendido entre o início da realização de um empreendimento e a sua conclusão; (ii) custos operacionais, que podem exceder a estimativa original e a inflação; (iii) a incorporadora/construtora pode ser impedida de indexar custos a determinados índices setoriais de inflação, ou de indexar os seus recebíveis; (iv) o nível de interesse do comprador por um empreendimento recentemente lançado; (v) o preço unitário de venda necessário para a venda de todas as unidades pode não ser suficiente para tornar o projeto lucrativo; (vi) a possibilidade de interrupção de fornecimento de materiais de construção e equipamentos; (vii) construções e vendas podem não ser finalizadas de acordo com o cronograma estipulado; (viii) eventual dificuldade na aquisição de terrenos; (ix) acidentes em obras; (x) indisponibilidade ou aumento no custo de mão-de-obra; (xi) inadimplemento por parte dos compradores; e (xii) distratos de compromissos firmados com os compradores; entre outros.
Além disso, a reputação e a qualidade técnica das obras dos empreendimentos imobiliários realizados por nós, individualmente ou em associação com sócios e parceiros, são fatores determinantes em nossas vendas e crescimento. O prazo de cumprimento dos contratos e a qualidade dos empreendimentos imobiliários dos quais participamos, no entanto, dependem de certos fatores que estão fora de controle, incluindo a qualidade e a tempestividade na entrega do material fornecido para obras e a capacitação técnica dos profissionais e colaboradores terceirizados (empreiteiros). A ocorrência de um ou mais eventos envolvendo problemas nos empreendimentos imobiliários dos quais participamos pode afetar adversamente nossa reputação e vendas futuras, além de sujeitar-nos a eventual imposição de responsabilidade civil e custos adicionais.
Ademais, as empresas do setor imobiliário, no qual estamos incluídos, dependem de uma série de fatores que fogem ao seu controle para o desenvolvimento das atividades de construção e incorporação imobiliária, dentre os quais se destacam: (i) a disponibilidade de recursos no mercado para a concessão de financiamentos a clientes para aquisição de imóveis, e às empresas do setor imobiliário, para o desenvolvimento de novos empreendimentos imobiliários; e (ii) a pontualidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações financeiras relativas à aquisição de um imóvel.
Portanto, uma possível escassez de recursos no mercado poderá diminuir a capacidade de vendas, seja pela dificuldade dos clientes na obtenção de crédito para a aquisição de um imóvel, seja em razão da necessidade de redução na velocidade de desenvolvimento e lançamento de nossos empreendimentos. Adicionalmente, concedemos financiamentos na aquisição de determinados imóveis a alguns de nossos clientes e, portanto, estamos sujeitos a riscos de inadimplência e de descasamento de taxas e distratos. A combinação destes fatores poderá culminar na diminuição de nossas receitas e na redução de os resultados, podendo vir a causar um efeito adverso relevante em nossa situação financeira.
Um ambiente econômico desfavorável pode impactar, ainda, na oferta de crédito ou no aumento de taxas de financiamento, dificultando ou inviabilizando a contratação de financiamento, direto ou bancário, por nossos clientes, cenário este que pode ocasionar um aumento na inadimplência ou na quantidade de cancelamentos de vendas já realizadas (distratos).
Investimentos em inovação podem não chegar aos benefícios esperados e trazer riscos adicionais à operação da Companhia.
A Companhia buscando se adaptar a novos hábitos, tendências, tecnologias desruptivas e outras mudanças do setor no qual atua, pode investir no desenvolvimento e pesquisa de novas tecnologias e inovações. Estes investimentos podem não se mostrar rentáveis para a Companhia como um todo e especialmente quando as iniciativas são avaliadas de forma individualizada. Pesquisa e desenvolvimento podem inclusive não se mostrarem rentáveis, dado o surgimento de novas e melhores tecnologias, questões legais, tributárias entre outros.
A Companhia tem investido recursos no desenvolvimento de inovações digitais, buscando integrar seus lojistas e clientes por meio de aplicativos, sites e outros recursos digitais. Este projeto pode demandar, além dos recursos, integração entre os sistemas da Companhia e seus lojistas, desenvolvimento de uma plataforma digital, atração de lojistas e clientes para esta plataforma entre outras iniciativas complexas e inovadoras. Devido à dinâmica mutável deste segmento de atuação, a Companhia pode incorrer em despesas substanciais no investimento em tecnologias que ao fim, ou ao longo do processo de desenvolvimento, venham a se mostrar inviáveis ou até obsoletas ao final do processo. O desenvolvimento de uma plataforma digital pode implicar na integração do sistema da Companhia com sistemas externos, incluindo e não se limitando à possível integração com sistemas de seus lojistas. Esta integração, além de complexa, pode gerar o mal funcionamento da plataforma de todas partes envolvidas podendo até paralisar o sistema, gerar perda de informações ou processos incorretos. Estes investimentos podem se tornar inviáveis ou/e podem gerar despesas substanciais durante o desenvolvimento ou execução de iniciativas, decorrente de leis ou interpretações das mesmas. Há riscos legais envolvendo processos relacionados à segurança da informação e direito do consumidor. Os investimentos em tecnologia podem gerar novas operações que conflitam com o ramo de atuação atual da Companhia, podendo assim reduzir o desempenho operacional da Companhia como um todo. Apesar da Companhia buscar mitigar o impacto de uma tecnologia disruptiva, estes investimentos podem acelerar este processo de mudança do segmento.
A Companhia entende que todo investimento em pesquisa e desenvolvimento pode levar a perda integral dos investimentos e que os benefícios de qualquer pesquisa podem não ser satisfatórios, sendo assim investimentos de risco significativo.
A não observância das leis e regulamentos relativos ao processamento de dados pode resultar em sanções e na obrigação de indenização
A não observância das leis e regulamentos com disposições relativas ao processamento de dados pessoais pode resultar na obrigação de pagamento de indenização por danos causados aos titulares de dados, e em sanções de natureza civil e administrativa, o que resultará em aumento de despesas, investimentos inesperados e risco à nossa reputação. Considerando a entrada em vigor da Lei 13.709/18 (“Lei Geral de Proteção de Dados”), que ocorrerá em fevereiro de 2020, podemos incorrer em despesas de compliance com proteção de dados e infraestrutura tecnológica e de segurança. O descumprimento das disposições da Lei Geral de Proteção de Dados pode resultar em sanções administrativas desde uma simples advertência até multas que podem alcançar valores significativos.
A não observância das leis e regulamentos ambientais pode resultar na obrigação de reparação de danos ambientais.
A não observância das leis e regulamentos ambientais pode resultar na obrigação de repararmos danos ambientais e na aplicação de sanções de natureza penal, civil e administrativa, bem como de respondermos por prejuízos causados às comunidades localizadas no entorno dessas áreas, o que resultará em aumento de despesas, investimentos inesperados e risco à nossa reputação.
Considerando que a legislação ambiental e sua aplicação pelas autoridades brasileiras estão se tornando mais severas, poderemos incorrer em despesas de compliance ambiental. Ademais, as demoras ou indeferimentos, por parte dos órgãos ambientais licenciadores, na emissão ou renovação de licenças poderão prejudicar as nossas atividades.